O navio transportava 4 mil pessoas no momento do acidente. (Foto: EFE)
ROMA - A Carnival Corp, empresa proprietária do cruzeiro Costa Concordia que naufragou na noite de sexta-feira na costa da Itália, disse que a perda com a tragédia poderá custar US$ 90 milhões. O preço das ações da Carnival caíram em 20% nesta segunda-feira (16). Pela manhã, um outro corpo, de nacionalidade ainda não foi divulgada, foi resgatado da embarcação, elevando para seis o número de mortos no naufrágio. Quatorze pessoas continuam desaparecidas.
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Segundo Arison, a Carnival Corp tem seguro, que deverá abater até US$ 30 milhões do prejuízo total da companhia. A Carnival é formada por outras dez empresas de navegação, entre elas a italiana Costa Cruzeiros.
No domingo, a Costa Cruzeiros admitiu o erro do comandante, por passar muito perto da costa e e por não ter seguido os procedimento de emergência indicados. No mesmo dia, um casal de sul-coreanos de 29 anos e um membros da tripulação foram retirados com vida do navio.
"A rota seguida pelo navio estava muito perto da costa e parece que suas decisões sobre a gestão da emergência não seguiu os procedimentos da Costa Cruzeiros, que estão de acordo e, em alguns casos, vão além das normas internacionais", disse a empresa, que também ressaltou que a caixa-preta da embarcação, com informações técnicas e de navegação, estão nas mãos das autoridades locais para averiguação.
A Costa Cruzeiros convocou para esta segunda-feira uma entrevista coletiva com o Presidente e CEO da empresa, Pier Luigi Foschi, para maiores esclarecimentos.
Pela rota estabelecida, o Costa Concordia deveria ter passado a nove quilômetros da ilha de Giglio, mas estava a um quilômetro quando encalhou. Segundo o promotor Francesco Verudio, após a prisão do capitão, a investigação pode ser ampliada.
"Trata-se de um enorme erro humano. As investigações vão esclarecer os acontecimentos, mas me parece óbvio que foi um erro humano", disse o almirante Giampaolo do Paola, ministro italiano de Defesa, em programa de televisão.
O capitão do barco, Francesco Schettino, e seu assistente Ciro Ambrosio permanecem detidos. Eles foram presos no sábado acusados de homicídio culposo múltiplo e de terem abandonado a embarcação quando muitos passageiros ainda se encontravam a bordo.
O navio transportava 4 mil pessoas no momento do acidente, a maioria delas italianos, franceses e alemães. O Itamaraty confirmou que 53 brasileiros estavam a bordo. Todos foram resgatados e passam bem.
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