SÃO PAULO - Os executivos responsáveis pela proposta de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour preveem que entre 5% e 7% das lojas nos grandes centros poderão ser fechadas ou ter suas bandeiras trocadas. Apesar de não verem risco de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetar a operação, reconhecem que em grandes mercados, como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, haverá concentração elevada de mercado nas mãos de suas bandeiras.
- Eles (os conselheiros do Cade) vão avaliar tecnicamente e segundo algumas regras de concentração pela distância entre as lojas. Mas temos superposição e uma concentração um pouco maior apenas em grandes centros, como Rio
e São Paulo - disse Cláudio Galeazzi, ex-presidente do Pão de Açúcar e hoje sócio do BTG Pactual, completando: - Não temos números exatos, mas nossa avaliação é de que entre 5% e 7% das lojas nos grandes centros poderão ser fechadas ou trocar de bandeiras.
Segundo Galeazzi, juntos Pão de Açúcar e Carrefour terão mais de 2,2 mil lojas no país, com participação de mercado próxima de 32%. O que não é
exatamente um problema, disse ele, lembrando que nos Estados Unidos o Walmart tem fatia igual, de 32%. E que na França, o Carrefour detém 26%
das vendas, contra 13% do Casino.
- É por isso que temos uma visão positiva da operação - disse Carlos Fonseca, diretor da área mercantil do BTG Pactual.
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