Diz o velho deitado: "PREFIRO SER MARTELO DO QUE O PREGO!" Mas - em contra partida - nós, aqui deste blog e do xadrezdinobueno.blogspot.com - achamos que o prego, mesmo levando pancadas à cabeça, entra, na maioria das vezes, p'ra unir. Ah! - e tem mais - quem me disse isso - foi o enxadrista Odir Buscariolli - de uma família que entende da arte - há boa diferença entre o marceneiro e o carpiteiro. Esta no prego... Nossas reticências! Exerça a arte de pensar: o resto é cola! ( respeitado leitor, preguamos-lhe uma charada?)
Como Fazíamos Sem... Pregos
O homem conhece o martelo desde a Idade da Pedra (há cerca de 1 milhão de anos), mas só bem mais tarde começou a sentir falta dos pregos. Os sumérios foram os primeiros a fabricar pregos rudimentares de ferro e bronze, por volta de 3300 a.C. Antes, o ser humano tinha de se virar com estacas, ou então com tiras de couro para juntar um material a outro. Mil anos depois dos sumérios, os hindus adotaram o prego. Só com os romanos o prego virou de fato personagem documentado da história. Ele aparece em destaque no clássico A Guerra dos Judeus, do historiador Flávio Josefo, do século 1. Narrando a queda de Jerusalém (em 70 d.C.), Josefo diz que os soldados romanos, cheios de ira, “pregavam os revoltosos judeus nas cruzes em diversas posições, rindo-se deles”. Aliás, é um debate acalorado entre os cientistas se vem daí a idéia de que Jesus foi pregado à cruz, e não amarrado nela (mas isso já é outra história). Os pregos também foram utilizados com finalidade mais pacífica em Roma. Tachas já eram conhecidas pelo menos um século antes da Era Cristã, para a fabricação de botas e sandálias. Pregos eram usados na construção de casas, barris e caixões. Segundo uma superstição romana, descrita pelo historiador Plínio, o Velho, no século 1, um caixão bem pregado era garantia de que o defunto não seria visitado por maus espíritos. O prego de ferro, porém, demorou para ser usado em larga escala, pois o metal, pouco abundante, era direcionado para a fabricação de equipamentos bélicos. Até o século 17, a construção de casas com madeira chanfrada, para facilitar o encaixe – o que poupava o uso do caro prego –, era tida como um segredo industrial, passado de pai para filho entre os artesãos. A máquina de fabricação de pregos em série só apareceu no fim do século 18, barateando e tornando mais rápida a construção de casas, castelos e navios. O estilo rebuscado vitoriano (comum na costa leste dos Estados Unidos), do início da década de 1900, só se tornou possível com o nosso amigo. Para construir uma mansão vitoriana, eram necessários em média 15 mil pregos. Fonte: Fechando com brilhantismo: ouça a história de um prego velho...O martelo já era conhecido milhares de anos antes da invenção do prego
por Álvaro Oppermann
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