Edição do dia 12/08/2011
12/08/2011 07h54 - Atualizado em 12/08/2011 08h41
Patricia Acioli vinha recebendo ameaças de grupos de extermínio. Ao todo, 16 cápsulas de pistola foram recolhidas no local do crime.
Uma juíza que atuava contra o crime organizado na região metropolitana do Rio de Janeiro foi morta a tiros na madrugada desta sexta-feira (12). Patrícia Acioli foi assassinada quando chegava em casa. A juíza era conhecida pelo rigor no julgamento de bicheiros, milícias e de policiais acusados de homicídio e corrupção.
A juíza foi morta quando chegava de carro na casa para onde ela havia se mudado, três meses atrás. Testemunhas contam que duas motos e dois carros abordaram a magistrada. Houve, pelo menos, 16 disparos.
Os bandidos fugiram. Policiais da Divisão de Homicídios do Rio, que estão investigando o caso, já levaram o computador com as imagens de câmera de monitoramento do local.
No histórico da juíza Patrícia Acioli, há uma lista de condenações contra grupos criminosos que agem em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, além de milícias e máfias nos transportes alternativos e nos combustíveis.
Patrícia Acioli tinha 47 anos e três filhos. Era juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. De acordo com parentes, nos últimos anos ela estava sem segurança e havia recebido, pelo menos, quatro ameaças de morte.
“Ela recebia ameaças há, pelo menos, cinco anos. Era uma juíza linha dura, marcando pesado, com condenações sempre em pena máxima. Ela estava tão despreocupada que o carro dela não era blindado, e não tem portão eletrônico. Era uma coisa encomendada, de profissional”, disse o primo da juíza, Humberto Nascimento.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ainda não se pronunciou sobre as informações dadas pela família de que a juíza andava sem a proteção de seguranças.
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