segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

TENTATIVA DE HOMICÍDIO, SEGUIDO DE SUICÍDIO LEVA JORNALISTA DE MOGI MIRIM DESABAFAR SOBRE A PRESSA EM INFORMAR... Veja, também, sapientes comentários...


Parabéns, você estão conseguindo
Foi por uma mensagem de WthatsApp que fiquei sabendo da morte de um rapaz de Mogi Mirim, aparentemente por um caso de suicídio. Fotos pingaram no meu celular a todo instante, como se fosse preciso buscar alguma informação. Bastava entrar no Facebook e as notícias surgiam a todo instante. “Informações” das mais variadas, dignas de um autoexame a seus autores.
Lamentavelmente, esse tal de Facebook, que deveria ser usado para socializar a mídia e a própria sociedade, tem servido para expor um lado inservível da raça humana. Porque na ânsia de informar em “primeira mão”, com “absoluta exclusividade”, como a agilidade que a internet propicia, cometemos erros. Nós, jornalistas, acima de tudo seres humanos, pecamos na pressa de querer passar a primeira informação, às vezes sem se ater que envolto de um caso como esse, existe uma mãe, uma irmã, uma família. E parece que o “público” aceita tudo isso nesta mesma toada. A sede é insaciável.
Publicar no Facebook fotografias de alguém morto, baleado, de alguém que perdeu ali a vida e sequer a família teve tempo hábil de digerir esta informação, só gera mais revolta sobre o quanto estamos pobres de caráter e espírito. Não eximo aqueles que ainda publicam “acho que alguém se matou” ou “vocês estão sabendo o que houve hoje em Mogi Mirim?”, como se nada soubessem, mas que, por obra do acaso, acabam por desrespeitar familiares, amigos e, sobretudo, a mãe deste jovem que abriu mão de viver em Mogi Mirim.
Na boa. Se querer tornar o mundo melhor, não adiante sair às ruas pedindo impeachment de presidente, de defender o bom trato do dinheiro público, se não somos capazes de respeitar o próximo. As redes sociais, que deveriam servir para melhorar o convívio humano, só exibem a nossa fragilidade de espírito. Pobre Chico, que não o conheci, mas que é mais uma vítima desta necessidade que o ser humano tem de expor a tudo e a todos os fatos, independentemente de suas consequências.
  • Ivens Chiarelli Bem por ai!
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  • Claudia Lotito Realmente lamentável.
    Soube que existem grupos no whattsapp só para divulgar fotos destas coisas. E vi pessoas pedindo para entrar nestes grupos.
    Eu penso: qual a finalidade disto?
    Expressou muito bem o que todos sentimos Paulo.
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  • Humberto Butti Parabéns Paulo Henrique Tenorio. Infelizmente ainda estamos longe de ver um mundo como desejamos. 'Informar' em primeira mão nem sempre ou quase nunca coloca a razão antes da emoção. Grande abraço João!
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  • David Valpassos Viana Exato. Passei por isso em família e sei como é absurda a sede de sangue das redes sociais, onde gente ignorante fere a dignidade das pessoas em suas horas mais difíceis.
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  • Edson Andrade Totalmente de acordo Paulo....
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  • Paulo Menna Barreto Meu caro xará, essa curiosidade mórbida do ser humano existe desde sempre, alimentando programas sensacionalistas da era do rádio, ou fotos estampadas nas primeiras páginas dos jornais que se espremer sai sangue. A vinheta mais esperada na televisão é a do plantão da Globo, invariavelmente seguida da notícia de uma tragédia. A internet agilizou a distribuição desse tipo de informação e acabou revelando mais os seres curiosos... Mas, como disse, isso não é novo. Não é um fenômeno que surgiu com a internet e as redes sociais. Na minha opinião, o pior lado dessas redes sociais é o seu uso para a disseminação de agressões. As pessoas se agridem, se ofendem, caluniam, difamam, sem nenhuma responsabilidade, em nome de uma liberdade de expressão. Destroem pessoas sem nenhuma responsabilização.
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  • Marcia Masotti Assino embaixo Paulo...Desrespeito total com a família e com a sociedade também.Deveria ter leis para punir isto .
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  • Hamid Malek Zadeh Muito bem Piro, falou tudo
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Um comentário:

Adriana Teixeira Simoni (@Drikafarah) disse...

Bah! Fui abencoada ! Não vi nada sobre o fato,ano apenas comentários com o mesmo sentimento do Paulo Tenorio .Lamentável e angustiante!