quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Senadores passaram por saia-justa

Se é que isso é possível para os que não tem vergonha na cara

21/12/2010

(colaboração do atento seguidor Djalma Loyola - contador do nosso cond.QUISISANA - POÇOS DE CALDAS)

Senadores passaram por saia-justa em sessão solene no início da tarde de hoje.

Ao ser indicado pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) para receber a comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara, o bispo de Limoeiro do Norte (CE), D. Manuel Edmilson da Cruz, constrangeu os parlamentares presentes ao rejeitar homenagem.

O bispo afirmou que receber a comenda seria uma "afronta ao povo brasileiro", depois que os parlamentares reajustaram o próprio subsídio em 61,8%.

Meus irmãos e irmãs, falo agora de coração com muita fé, sem diminuir o grande respeito que devo a todos, mas falo como irmão e irmã, sobretudo, quer dizer, assumindo a alma de todas as pessoas, pois é exatamente nesse momento que o Congresso aprova o aumento de 61% dos honorários de seus parlamentares que, em poucos minutos, chegam a essa decisão e, ao efeito cascata resultante, o impõe ao povo brasileiro, o seu, o nosso povo.

O povo brasileiro, hoje de concidadãos e concidadãs, ainda os considera parlamentares?

Graças ao bom Deus, há exceções decerto em tudo isso.

Quem assim procedeu não é parlamentar.

É "para lamentar", atacou D. Manuel, que ainda exigiu que o Congresso reavaliasse a votação e retomasse o patamar antigo salarial.

O bispo ainda lembrou que quando o sul-africano Nelson Mandela assumiu a presidência de seu país reduziu em 50% o próprio salário.

Quem vota em político corrupto está votando na morte!

Mesmo que ele, paradoxalmente, seja também uma pessoa muito boa, um grande homem.

Ainda não do porte de um Nelson Mandela que, ao ser empossado presidente da República do seu país, reduziu em 50% o valor dos seus honorários.

O senador José Nery (PSOL-PA) elogiou o protesto do religioso.

Meus cumprimentos a Dom Manuel Edmilson da Cruz que, coerente com aquilo que pensa e vive, neste momento, adota uma atitude de rejeição ao que fez o Congresso.

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