quinta-feira, 31 de março de 2011

MOGIMIRIANA, COM SUAS CRÔNICAS, FAZ SUCESSO FALANDO DAS COISAS DA TERRINHA...


Rosangela Scheithauer-Diogo Bueno
Rosangela Scheithauer-Diogo Bueno28 March 2011 at 21:31
Assunto: Mais uma cronica ...
Caiu a força...
(Rosângela Scheithauer)



Não sei se em todo o Brasil é assim, mas lá na cidade onde nasci, quando ficávamos sem energia elétrica dizíamos: caiu a força!

Aqui na Áustria isso raramente acontece. Outro dia, porém, alguma coisa extraordinária deve ter acontecido na rua onde moro causando a falta de energia elétrica por quase duas horas.

Nada a fazer, comecei a pensar no quanto nos habituamos e somos praticamente dependentes dos aparelhos domésticos elétricos, máquinas, computadores e afins.

Já estava consciente de não poder usar o computador, nem o ferro de passar roupa, ouvir um CD e muito menos colocar a roupa na máquina de lavar. Não pensara na quantidade de coisas impossíveis de serem feitas devido ao „blackout“.

Tomar um cafézinho?: a cafeteira é elétrica!

Secar os cabelos, passar aspirador de pó na casa, descongelar a carne para o jantar ou esquentar o leite (até o meu fogão é elétrico!). Microondas? esquece!

Lembrei-me do fogão de lenha da Dona Natália Duvigo, já falecida, de quem guardo belas e inesquecíveis recordações da infância. Ela se recusava a usar outro fogão, pois dizia „essas coisas novas não trabalham direito!“ Gente, e como era gostosa a comida preparada alí!

Quando me mudei para este apartamento, escolhi uma cozinha funcional. Investí muito em aparelhos elétricos e outras excentricidades, para nao dizer "modernidades" . Para que? Sem energia elétrica a „funcionalidade“ da caríssima cozinha é igual a zero.

Lembrei-me também do abridor de latas da mamãe, parece uma chave de metal com uma pontinha para encaixe na lata. Ah, que saudade! O meu é elétrico, portanto, nem a lata de tomates, planejada para o espagueti, poderia utilizar. Na próxima vez que for ao Brasil preciso me lembrar de trazer um abridor „normal“.

Envolvida em pensamentos fui à cozinha querendo tomar suco de laranjas. Inconscientemente cortei três frutas ao meio e pressionei-as contra o espremedor. Nada aconteceu! Claro, o espremedor também é elétrico. Cadê aquele outro, de plástico, bem baratinho, comprado no Brasil numa daquelas lojas de R$1,99? Devo ter me desfeito dele por achar maior praticidade no elétrico. Acabei optando por um copo de água com um pouquinho de açúcar, a antiga fórmula de calmante usada por minha avó. Funcionou! Como, aliás, tudo antigo parece funcionar melhor.

Mamãe, me mande um abridor de latas, por favor! E um espremedorzinho de plástico também!!!!

2 comentários:

Miriam Rodrigues Costa disse...

Gostei e voltei a infância ... na minha casa tinha um fogão a lenha, tava sempre quentinho e a água do chuveiro e das torneiras saiam quentinhas tbm por conta de uma tal serpentina... e quando acabava a "força" sentávamos no chão ... minha mãe acendia uma vela e ficava contando historias pra gente.... bons tempos...

Miriam Rodrigues Costa disse...

Gostei e voltei a infância ... na minha casa tinha um fogão a lenha, tava sempre quentinho e a água do chuveiro e das torneiras saiam quentinhas tbm por conta de uma tal serpentina... e quando acabava a "força" sentávamos no chão ... minha mãe acendia uma vela e ficava contando historias pra gente.... bons tempos...