DIETA - HDL E LDL - E OUTRAS ÚTEIS ORIENTAÇÕES...
Mantenha-se saudável mesmo em uma dieta com restrições
Intolerância a glúten e outras dietas não devem ser um empecilho à saúde
Por Carolina Gonçalves
É  sempre muito  comentada e exaltada a importância de manter uma  alimentação balanceada,  que inclua todos os grupos alimentares. Algumas  pessoas, porém, não  comem determinados alimentos - por escolha própria  ou intolerância a  alguma substância - e podem ter mais dificuldades  para ter uma dieta saudável.
Entretanto,  fazendo as substituições certas, é perfeitamente possível  adquirir  todos os nutrientes necessários, mesmo deixando alguns  alimentos de  lado. Separamos as dietas restritivas mais comuns e  conversamos com  duas nutricionistas, que indicaram as alternativas  ideais para cada uma  delas.
 Vegetarianismo 
Em uma dieta  vegetariana, que corta  toda a carne e derivados de animal da dieta, o  maior desafio é conseguir  suprir a necessidade diária de proteínas,  ferro e vitaminas do complexo  B, cujas principais fontes são alimentos  de origem animal. "Ao mesmo  tempo, uma dieta vegetariana   equilibrada pode nivelar o colesterol e reduzir os riscos de doenças   cardiovasculares", diz a nutricionista Vivian Goldberger, do   Emagrecentro. 
             Segundo  Vivian, a  ausência de proteínas de origem animal pode causar anemia  ferropriva,  que é causada por insuficiência de ingestão de ferro. Por  isso, a  nutricionista Amanda Epifânio, do Citen, explica que o consumo  de  proteína vegetal é fundamental para os vegetarianos não sofrerem com  a  deficiência protéica. 
A proteína vegetal pode ser  encontrada em leguminosas como  feijão, lentilhas, ervilha seca,  proteína texturizada de soja e  castanhas. "A vantagem de uma dieta com  esses alimentos como fonte  protéica é a ausência de gorduras e a  presença de fibras", conta Vivian. 
Já para alcançar as necessidades de ferro   e vitaminas do complexo B, os vegetais de coloração verde-escuro devem   estar presentes diariamente nas refeições, tanto no almoço como no   jantar. Algumas opções são rúcula, agrião e espinafre. Vivian também diz   que é possível aumentar a capacidade de absorção do ferro combinando   esses vegetais com suco de laranja, limão ou acerola, ricos em vitamina C   que facilita o aproveitamento do ferro. 
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      Colesterol alto 
Pessoas com altas taxas de LDL, conhecido como colesterol   ruim, correm o risco de formar placas de gorduras prejudiciais ao   organismo, aumentando a chances de desenvolver uma doença   cardiovascular.
Vivian afirma que apenas a fração HDL, o  colesterol bom, é capaz  de remover o excesso de LDL no sangue, evitando  o entupimento das  artérias. "O ideal são taxas de LDL baixas e HDL  altas", diz a  nutricionista.
Por isso, as gorduras,  principalmente dos alimentos de origem animal,  leite e carnes, devem  ser evitadas no cardápio diário. "Entretanto, não  há necessidade de  abolir completamente esses grupos alimentares do  cotidiano", alerta  Amanda Epifânio, que explica que o ideal é buscar  versões mais magras  desses alimentos, como leite desnatado, queijo  branco e cortes de carne  bovina magros, como coxão mole ou coxão duro. 
             A  dieta adequada  para pessoas que precisam controlar o colesterol deve  ser rica em  gorduras monoinsaturadas, frutas, verduras, legumes, fibras  e grãos  integrais. Confira os principais alimentos aliados:
- Oleaginosas, como avelã, castanhas, amêndoas e nozes, que possuem gorduras monoinsaturadas;
-  Suco de uva natural com casca, que é rico em uma substância  chamada  resveratrol, que ajuda a diminuir o colesterol e tem função   antioxidante;
- Frutas cítricas, que reforçam as paredes das  artérias e combatem a formação das placas de gordura;  - Abacate, rico  em gorduras monoinsaturadas, o que auxilia nas taxas de HDL;
- Alho, por possuir compostos sulfurados, que diminuem as taxas de LDL e impedem seu acúmulo nas paredes das artérias;
- Cebola, que diminui a obstrução dos vasos e a formação de placas de gordura. 
Já  os óleos vegetais não devem ser excluídos completamente da  dieta.  Amanda explica que não são eles os responsáveis diretos pelo  aumento do  colesterol. "Óleos vegetais, quando consumidos em excesso,  contribuem  para o ganho de peso, e esse sim pode contribuir para  elevação do  colesterol", conta a nutricionista.
O ideal é manter o consumo  de óleo vegetal na alimentação, pois são  fontes importantes de Omega 3 e  Omega 6. "Mas sempre com moderação, que é  o lema da alimentação  saudável", completa Amanda.  
             Intolerância à lactose
A intolerância à lactose   ocorre por uma produção insuficiente de uma enzima chamada lactase,   responsável por digerir a substância. Os sintomas mais comuns são   diarréia, distensão abdominal, gases e má digestão. Porém, só é possível   fazer um diagnóstico preciso após ir ao médico e fazer uma série de   exames.
O intolerante precisa suspender alimentos fontes desse  elemento,  ou seja, leite e derivados. A grande questão é que excluir  essas opções  da dieta causará, inevitavelmente, uma restrição do  consumo de cálcio,  nutriente fundamental para a saúde óssea. Cerca de  70% do cálcio da  alimentação humana vem do leite e seus derivados.
A  melhor forma de manter a dieta saudável, nesses casos, é  buscar outros  alimentos que sejam ricos em cálcio. "A indústria de  alimentos  contribuiu significativamente para o tratamento adequado dessa   intolerância", diz Amanda. "Hoje, podemos contar com leite sem lactose,   por exemplo", completa. Também há outros alimentos que já são   suplementados com cálcio, como o leite de soja. Mas lembre-se sempre de   conferir na embalagem se aquele produto possui a suplementação  adequada.
Algumas pessoas são intolerantes apenas a alguns  alimentos que  contém lactose, afirma Vivian. "Com o tempo e a adaptação  de novos  hábitos alimentares, a própria pessoa aprenderá sobre quais  alimentos  lácteos poderá ingerir sem sentir sintomas", diz a  nutricionista.
Entre as opções não lácteas que são ótimas fontes  de cálcio  estão as oleaginosas, e vegetais escuros - como brócolis,  couve e  repolho -, além de aipo, erva-doce, feijão verde, aspargos,  cogumelos e  semente de gergelim. 
             Intolerância a glúten 
Para algumas pessoas, a ingestão de glúten   provoca danos na parede do intestino delgado, causando a chamada  doença  celíaca. O glúten, ao chegar ao intestino da pessoa intolerante,   estimula a produção de anticorpos, principalmente as imunoglobulinas  do  tipo IgA. Esses anticorpos diminuem e atrofiam as chamadas  vilosidades  do intestino, que são pequenas ?pregas? responsáveis pela  absorção de  nutrientes.
A consequência desse atrofiamento é a  dificuldade de absorver  nutrientes, principalmente gordura, cálcio,  ferro e ácido fólico. Os  principais sintomas são: diarréia, gases,  fraqueza, perda de peso devido  à má absorção dos nutrientes, anemia,  osteoporose e deficiência no  crescimento em crianças.
Os  alimentos que contem glúten se dividem em quatro grupos:  trigo, cevada,  aveia e centeio. Pessoas celíacas devem evitar qualquer  prato feito  com esses ingredientes. Dessa forma, é preciso encontrar  alternativas  saborosas que substituam os pães, massas, biscoitos, bolos e  muitos  outros alimentos. 
As nutricionistas dão algumas dicas de alternativas saudáveis:
- Derivados do milho, como amido de milho, farinha de milho, canjica e fubá;
- Arroz e derivados, como a farinha de arroz;
- Fécula de batata;
- Derivados da mandioca, como a farinha de mandioca, o polvilho azedo, o polvilho doce e a tapioca. 
Saiba Mais
No mercado, os produtos industrializados geralmente indicam no rótulo se são isentos de glúten. Vivian alerta que sempre vale dar uma conferida. Alimentos com a indicação "NÃO CONTÉM GLÚTEN" podem ser consumidos.

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