O cálculo - que foi ajustado pela inflação e exclui os gastos de custeio - revela que o ministério conseguiu gastar só 57% do valor previsto. Na primeira metade deste ano, por exemplo, o ministério investiu pouco mais de um terço (35%) do orçamento. Foram destinados a investimentos em transportes em 2011 R$ 17,1 bilhões. Só R$ 6,1 bilhões haviam sido pagos até o início do mês.
O ano de eleição da presidente Dilma Rousseff, 2010 foi o período em que os transportes mais receberam recursos - 78% (ou R$ 13,7 bilhões) dos recursos previstos foram de fato investidos.
Os principais argumentos dados pelo governo para justificar os atrasos nas obras são a fiscalização dos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, e o suposto rigor da legislação ambiental.
Se o Ministério dos Transportes não consegue gastar todo o valor reservado para investimentos, não é por falta de obras pendentes. Os R$ 63 bilhões excedentes nos últimos anos são seis vezes o valor estimado pela CNT para resolver os problemas nos aeroportos do País (R$ 9,7 bilhões) - apontados como principal gargalo para a Copa de 2014.
O dinheiro economizado pela pasta equivale, ainda, a um terço dos investimentos necessários nas estradas (estimado pela CNT em R$ 190,1 bilhões).
Procurada pelo Estado na sexta-feira para comentar os números, a assessoria do Ministério dos Transportes disse que não conseguiria se manifestar a tempo do fechamento da edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..
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