10.08.2011
Brasil tem muitas armas para enfrentar a crise
Ninguém fica blindado em meio a uma crise, mas o Brasil tem muitas armas para se defender. Tem, por exemplo, US$ 340 bilhões de reservas cambiais; quando enfrentou a crise de 2008, tinha US$ 100 bi a menos. Naquela época, uma onda forte bateu, mas conseguimos ficar em pé, nos portamos bem em relação a outros países, apesar de termos perdido crescimento.
Em 2008, o BC liberou recolhimento compulsório, dinheiro que os bancos têm de recolher; agora, pode fazer o mesmo. Pode também monitorar a economia para evitar o que aconteceu há três anos, quando empresas que apostavan na queda do dólar tiveram problemas com a alta da moeda americana. Hoje, o BC tem mais visibilidade do mercado futuro e da situação das empresas.
O governo pode ainda cortar gastos, mas não é isso que tem feito nos últimos tempos. Atráves de renúncia fiscal, está abrindo mão de recolher impostos. Às vezes, faz isso com setores que não precisam, como é o caso da indústria automobilística. E isso também é gasto.
A crise de agora é diferente da de 2008; não se espera que seja aguda, com quebra de bancos. Mas a situação da Europa é complicada e se os EUA tiverem novo rebaixamento, haverá mais problemas. Parece, no entanto, que isso não ocorrerá a curto prazo; a agência Moody´s fez um alerta, mas deu um prazo.
O Brasil tem muitas armas para enfrentar turbulências. Tenho falado com pessoas que estão lidando diretamente com isso. Acho que, desta vez, o governo está se mostrando mais sóbrio em relação à crise do que em 2008, quando achou quer era brincadeira, mas o Brasil, que crescia a 6%, teve recessão de 1%.
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