O comércio do Centro já teve seus tempos de glória, quando era a única área de Santos onde se tinha opção de encontrar mercadorias diversas.
A importância comercial fez que com perdurasse a forma como as pessoas se referem à zona central. A frase “vou à cidade” ainda é comum nos dias de hoje, quando moradores de outros bairros vêm para a região.
A partir dos anos 80, com o crescimento dos shopping centers, a degradação chegou à região e ampliou seu domínio. O comércio tornou-se popular.
Há 40 anos atuando no Centro, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santos, Paulo Latrova, acompanhou essa movimentação. “Vivi a época de ouro, a decadência e o renascimento daqui”.

Comércio do Centro de Santos volta a viver bons momentos
Comércio do Centro de Santos volta a viver bons momentos



A melhoria do Centro foi retomada nos anos 2000, com a implantação do projeto Alegra Centro. “Isso trouxe mais empresas para cá e o comércio vive de pessoas circulando”, afirma Latrova.

Basta caminhar pela região para perceber que novos comércios continuam a abrir as portas. No ano passado, 343 empresas – comércio, serviços, autônomos ou profissionais liberais – foram abertas no Centro.
A motivação de muitos é justamente o aumento de pessoas circulando pelas ruas devido à instalação da Petrobras. A primeira torre da empresa deve começar a funcionar até o final de julho, trazendo mais de dois mil trabalhadores para o Valongo.


Outra aposta dos comerciantes é o prédio Tribuna Square, empreendimento com heliponto que, além da nova sede da TV Tribuna, deverá abrigar 250 salas comerciais na Rua João Pessoa.
Público fiel
A aposta no Centro de muitos comerciantes deve-se também ao perfil dos clientes da região. São, em sua maioria, pessoas que trabalham em horário comercial.
“A pessoa aproveita para fazer suas compras no horário de almoço ou quando vai embora. É um público fiel que está aqui todos os dias”, conta Danielle Braga, que abriu a loja Capricho Kids, com roupas e acessórios infantis, há pouco mais de um mês na Rua Martim Afonso.