Cuba anuncia libertação de mais 7 presos fora do Grupo dos 75
04 de março de 2011 • 17h34 • atualizado às 18h49
A Igreja Católica de Cuba anunciou nesta sexta-feira a libertação e a transferência à Espanha de outros sete presos, entre os quais não figuram nenhum dos cinco prisioneiros de consciência que continuam detidos do "Grupo dos 75", dissidentes condenados na "Primavera Negra" de 2003.
O Arcebispado de Havana anunciou em comunicado a libertação de Lázaro Ricardo Chacón Ordóñez, Luis Caro Chávez, Antonio Rodríguez Almaguer, Agustín Cervantes García, Ricardo Galván Casal, Luis Mariano Delis Utria e Yoel Rodríguez Izquierdo.
Cinco desses sete presos aparecem nas listas de detidos por motivo políticos da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) com penas que vão de 2 a 21 anos por crimes relacionados com violência, pirataria, desacato à autoridade e saída ilegal da ilha.
Cervantes García e Galván Casal foram presos em 2009, o primeiro condenado a 2 anos de prisão pelo delito de ameaças e o segundo por resistência e danos a 3 anos.
Deste grupo de presos, Chacón Ordóñez, detido em 1993, cumpria uma condenação de 21 anos pelo crime de pirataria, a mais alta do grupo, e é seguido por Caro Chávez e Delis Utria, presos em 1996 e 1999, sentenciados a 17 e 13 anos de prisão, respectivamente.
Nos casos de Rodríguez Almaguer e Rodríguez Izquierdo, não há dados disponíveis sobre o momento das detenções e as acusações pelas quais foram presos. Até este momento, chega a 85 o número de presos cubanos que aceitaram ir à Espanha para sair da prisão e deles 40 são do "Grupo dos 75", considerados como prisioneiros de consciência pela Anistia Internacional.
O governo de Cuba se comprometeu no ano passado a libertar todos os presos do "Grupo dos 75" que permaneciam detidos (52 naquele momento), após um inédito diálogo com a Igreja Católica que foi apoiado pelo governo da Espanha.
As autoridades cubanas estenderam a oferta de libertação a outros tipos de presos condenados por delitos contra a segurança do Estado, mas muitos a oposição interna não reconhece como dissidentes ativos.
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