Prefeitura pede intervenção na Santa Casa | |
ÂNGELA SILVA | |
Diante da iminência de paralisação de parte dos médicos, a Prefeitura oficiou ao Ministério Público pedindo que proponha intervenção judicial na Santa Casa. A manifestação foi recebida pelo promotor Rogério Filócomo Junior na tarde de ontem, mas caberá a titular do MP, Cristiane de Souza Hillal, definir a questão. Na última semana, a diretoria do corpo clínico entregou ofício ao Departamento de Saúde informando que o pagamento dos honorários médicos vem sofrendo atrasos recorrentes e que, caso a situação não se regularize, haverá paralisação do atendimento a partir de 1º de setembro. A paralisação afetaria os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Diante dessa iminência e de irregularidades na prestação de contas do hospital, a Prefeitura e o Conselho Municipal de Saúde se manifestaram a favor da intervenção. A prestação de serviços ao SUS é feita através de convênio entre a Prefeitura e a Santa Casa. Mensalmente, o município repassa verba ao hospital, o que tornaria injustificável o atraso no pagamento dos plantonistas. De janeiro a julho, o hospital recebeu R$ 13 milhões da Prefeitura. Recentemente, foi concedida anuência para a entidade efetuar empréstimo de R$ 2 milhões. “O poder público não pode ficar omisso diante dessa situação, uma vez que está repassando verbas para a entidade. Seria o caso de o Ministério Público entrar com um pedido de intervenção judicial, já que é um órgão fiscalizador”, argumentou o chefe do Gabinete do Prefeito, Gilmar Bezerra, em entrevista na tarde de ontem. No documento entregue ao MP, a Prefeitura acusa o hospital de estar priorizando a aquisição de bens e realização de reformas em detrimento da melhoria de qualidade no atendimento. Caso a promotora acolha o pedido da Prefeitura, a Justiça pode decidir pela nomeação de um interventor que acompanharia a prestação de contas e administração da Santa Casa. Bezerra esclareceu que a Prefeitura poderia pedir a intervenção, mas entende que o Ministério Público é quem pode fornecer subsídios à Justiça, em razão de outras representações que vem recebendo, tanto dos profissionais do hospital quanto de usuários. A diretora de Saúde, Célia Dorázzio, disse ter recebido 10 representantes do corpo clínico do hospital, os quais, além do atraso nos pagamentos, relataram diversas irregularidades. “A mais grave foi a de que um médico ficou de plantão por 38 horas, além de falta de medicamentos e equipe defasada”, disse Célia. A diretora informou que neste mês a Santa Casa novamente atrasou a entrega da prestação de contas. Segundo Célia, o hospital recebeu sete notificações extrajudiciais por irregularidades que ferem o contrato com o município. Há também duas infrações fiscais e 13 autos de infração da Vigilância Sanitária, apontando falta de profissionais e medicamentos e necessidade de adequação do espaço físico. Há, inclusive, uma ação de prestação de contas contra a Santa Casa em trâmite na Segunda Vara Judicial. Até o fechamento desta edição, a direção do hospital não respondeu aos pedidos de esclarecimentos feitos por A COMARCA. |
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
SANTA DE CASA DE MOGI MIRIM ESTA SOB INTERVENÇÃO JUDICIAL DESDE A MEIA NOITE EM UM DESTA QUINTA-FEIRA. LEIA A EXPOSIÇÃO EFETUADA NESTE FIM DE SEMANA SOBRE OS ACONTECIMENTOS...
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3 comentários:
Até que enfim alguma atitude foi tomada... politicagem ou não... era necessário colocar um freio ao disparate que vinha ocorrendo em nosso hospital
Até que enfim mesmo... necessário a troca de diretores clinicos para resolver??? extranho hem...devem ser mesmo auditado tudo exatamente tudo... parabéns
Espero que este exemplo de atuacao da Prefeitura de Mogi mirim seja seguido pela Prefeitura de Campinas, para socorrer a nossa Santa Casa.
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