sábado, 16 de novembro de 2013

O CRIATIVO MAURINHO ADORNO - ADORNANDO MELHOR AS PENAS DOS RÉUS DO MENSALÃO NA SUA CRÔNICA: STF COMETEU ERRO FEIO, MINHAS PENAS SERIAM OUTRAS...

Nosso Cantinho – O IMPACTO – 16.11.2013
STF cometeu erro feio,

minhas penas seriam outras
O STF errou ao determinar o cumprimento das penas dos réus do Mensalão do PT. Os ministros usaram o rigor da lei, e mandaram – ou vão mandar – alguns para o regime aberto, poucos para o fechado, e outros para o semiaberto. Tem até os que poderão ser condenados a penas alternativas, como o pagamento de cestas básicas.
O bom senso deveria ser aplicado pelos ilustres membros da mais alta corte da Justiça brasileira. Não o fizeram. Com o poder de aplicar as penas, eu sentenciaria alguns deles da seguinte forma:
Jacinto Lamas – Ex-tesoureiro do PL, condenado a 5 anos e multa de R$ 260 mil por lavagem de dinheiro. Eu o condenaria a trabalhar na Sadia, na função de lavador de porcos, nas centenas de pocilgas da empresa. Assim como ele entende de lavar dinheiro, Lamas poderia fazer uma grande economia à empresa nessa função. Jacinto Lamas deve entender muito bem de lamas. Mas, ele poderia também ser convertido por alguma igreja e trabalhar na cúpula dos governos do PT, limpando e extinguindo as lamas do grande lamaçal de corrupção.
Cristiano de Mello Paz – Sócio do publicitário Marcos Valério, condenado a 25 anos, 11 meses e 20 dias e multa de R$ 2,5 milhões por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele deveria cumprir pena na Síria, em meio ao fogo cruzado. Se ele é Mello de Paz, quem sabe não levaria paz ao povo árabe? Seria uma ótima tentativa. Ele poderia também participar das missões de paz da ONU. Cristiano Paz deveria também ser agraciado com o livro Paz e Guerra, de Leon Tolstoi, para fazer uma agradável leitura nos momentos em que a artilharia estiver em descanso.
José Roberto Salgado – Vice-presidente operacional do Banco Rural, condenado por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, formação de quadrilha e evasão de divisas, condenado a 16 anos e 8 meses e multa de R$ 1 milhão. Não concordo em encarcerar um homem desses. Ele deveria ser condenado a prestar serviços forçados nas salinas de Mossoró. O sal seria encaminhado às famílias carentes, tornando suas vidas mais doces. O desempenho dele nessa atividade deve superar as expectativas, afinal, José Roberto Salgado deve entender de sal.
Pedro Corrêa – Presidente do PP, condenado a 7 anos e 2 meses e multa de R$ 1,13 milhão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pedro Corrêa deve saber que do couro sai a correia. Da correia é feita a chibata. Deveria ser condenado a uma chibatada diária em praça pública, no período de 7 anos e 2 meses.
Enivaldo Quadrado – Doleiro e ex-sócio da corretora Bônus-Banval, condenado à pena restritiva de direitos e multa de R$ 28,6 mil por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ao invés de pena restritiva de direitos, ele deveria ir para uma cela de onde contemplaria, pelas manhãs, o sol nascer quadrado. Em atendimento às reivindicações da turminha dos direitos humanos, nas horas de sol ele poderia empinar um quadrado, antigo nome dos papagaios e pipas.
Bispo Rodrigues – Condenado a 6 anos e 3 meses e multa de R$ 696 mil por corrupção passiva, e por lavagem de dinheiro. Acho absurdo colocar um bispo na cadeia. Ele deveria, como bispo, ter sido condenado a lavar diariamente as escadarias da Igreja do Bonfim, na Bahia. Ou, convertido mais uma vez - dessa vez seriamente - orar todos os diárias em praça pública para que Deus extermine os corruptos do país. Tenho a certeza de que Deus, em sua bondade infinita, o perdoaria e atenderia às suas preces. Em tempo: eu ainda o rebaixaria de bispo para auxiliar de coroinha ou obreiro.
José Dirceu – Condenado a 10 anos e 10 meses e multa de R$ 676 mil por corrupção ativa e formação de quadrilha. Eu o absolveria e o reconduziria a membro do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. Merece até a presidência. Obviamente que em um dia festivo, eu o condenaria a subir a rampa do Palácio do Planalto e assumir a chefia da Casa Civil do governo da Dilma Rousseff. Afinal, ele nada fez, pois toda essa história do Mensalão não existiu. Eu acredito nele: foi intriga da oposição e perseguição da imprensa.

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