(coletado pelo atento e sapiente colaborador deste e do xadrezdinobueno.blogspot.com - Sérgio Camilo) | ||
“Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar-se, assim rico e poderoso?
Um dia, parou na porta da humilde casa um velho mercador da Fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes.
Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu entre elas um livro com muitas páginas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos. Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava apenas três dinares.
Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender-lhe o livro por apenas dois dinares.
Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. E qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: ‘O segredo do tesouro de Bresa’. Que tesouro seria esse? Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde nem quando.
Mais adiante, decifrou: ‘O tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio de mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado venha a encontrá-lo’.
Muito interessado, o esforçado tecelão dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro para apoderar-se de tão fabuloso tesouro. Mas as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus.
Em função disso, ao final de três anos, Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros.
Passou a ganhar muito mais e a viver em uma confortável casa.
Continuando a ler o livro, encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com calculistas da cidade e, em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transformações aritméticas. Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei nomeasse prefeito.
Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e os princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro ministro daquele reino, em decorrência de seu vasto conhecimento.
Passou a viver em suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo.
Graças a seu trabalho e a seu conhecimento, o reino progrediu rapidamente, trazendo riquezas e alegria para todo seu povo.
No entanto, ele ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro.
Certa vez, então, teve a oportunidade de questionar um venerando sacerdote a respeito daquele mistério. O sacerdote sorridente, esclareceu:
- O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa ‘saber’...
Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros inimagináveis. O tesouro de bresa é o saber que qualquer homem esforçado pode alcançar, por meio dos bons livros, que possiblitam ‘tesouros encantados’ àqueles que se dedicam aos estudos com amor e tenacidade.”
Extraído do livro: Google Marketing – Conrado Adolpho. Ed. 2010.
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