quinta-feira, 4 de março de 2010

O PEDAÇO DA REAL HISTÓRIA DO MOGI MIRIM E.C.

O tempo passa, o documento registra, a memória traz ao presente. A década era de setenta, a academia do palestra era super campeã, tinha Leão,Eurico, Luís Pereira, Alfredo, Zeca, Dudu, Ademir da Guia, Edu Bala, Leivinha, Cesar (Fedato) e Ney - estava treinando em Águas de Lyndoia e veio fazer uma exibição contra o M.Mirim do goleiro Décio, Henrique Stort, Tonicão Guerreiro, Kally, Pintado, Edgard Alvarenga, Hugo Stort, Oscar Negrinho,Zé 21, Pelé Cassiano, Odilon e Santana (Oscarzinho) - foi um bom jogo. Nesse treino, no velho estádio Vail Chaves, na beira do campo, no lado oposto da antiga arquibancada, o jogador Odilon tentou fazer uma jogada de efeito sobre O DIVINO ADEMIR D'AGUIA e, este, com toda sua categoria que o criador lhe deu, aplicou-lhe dois chapéus em sequência, que parte da assistência aplaudiu em pé. Como diria o narrador da radio de Piracicaba:" ESSE NÃO É DE QUINHENTOS... E A DE MIR!" ... e, eu completo: era "O GUIA... DA ACADEMIA!" A foto mostra como era o estádio que nós, no começo da década de oitenta, tomando conta de uma tesouraria sem dinheiro, mas tendo - na presidência - a coragem e determinação de grande zangueiro que foi, o ex-craque do MOGI SETENTA , ANTÕNIO GUERREIRO FILHO - O TONICÃO - na vice - WILSON BARROS - administrando o pessoal de campo - o incansável JORGE DOS SANTOS - nas relações com propaganda FRANCISCO MINERVINO JR - chefiando compras e cozinha - ADEMAR BAZANI- no escritório Miguel e Wanderley na rouparia e muitos outros colaboradores anônimos, fizemos o MOGI MIRIM E.C., igual o grande pássaro FÊNIX, ressurgir e chegar à SEGUNDA DIVISÃO.
Os jogadores ganhavam pouco e na conversa, convicente do presidente, no amor ao clube, junto com alguns membros da diretoria, convenciam jogadores do nível de MOACYR GUAÇU, DÚ , SALTORÃO, PAULINHO GOLEIRO, Léo, ex ponta esquerda do Bangu , e o craque TONANHA (goleador - cobiçado por vários grandes clubes - que metade do passe era nosso e outra do Rio Branco - de Americana), a defender as cores vermelhinhas, quase pelo alojamento, comida e assistência médica, esta última dada por uns médicos abnegados, torcedores. O MOGI MIRIM E. C., além da pequena contribuição do sócios, recebia ótima ajuda da adminstração Ricardo Brandão e Toninho Ferreira Alves. Mas - sentindo que estava difícil - com o caixa mais vermelho que a camisa do time - tendo que pagar bem para o técnico Nã - que sempre reclamava dos jogos aos sábado, pois perdia o grosso do jogo do bicho da sua Campinas querida. Houvemos por bem, numa reunião de diretoria, e numa posterior com presidente Tonicão e o vice Wilson Fernandes de Barros - convocar eleições, imediatamente. Pois o mandato do prefeito Ricardo Brandão e do vice Toninho estava chegando ao final, e o Antônio Guerreiro Filho, O Tonicão, acumulava o cargo de diretor da C.M.E,(Comissão Municipal de Esportes),depois extentido para mais dois anos. Sem ajuda da prefeitura, já que mandato iria chegar ao fim, só com a propaganda e a contribuição dos sócios, a situação iria ficar insustentável.
O presidente resolveu fazer um amistoso com a PORTUGUESA, do craque mogimiriano MOACYR GENUÁRIO, que deu pequena renda. O resultado foi o onibus da delegação da LUSA estacionar, no Jd. Longatto, na frente da casa do Tonico, reclamando mais algumas coisas.
Quando soubemos do acontecido, aconselhamos o corajoso presidente a convocar, urgente, eleições. Pois do jeito que estavam caminhando as coisas, a situação, dentro de pouco, tornaria levar as cores do M.Mirim E.C. ao ostracismo. Repetindo que acontecera em alguns anos atras.
O único que prometia, e tinha condições de salvar e pagar débitos, do recuperado MOGI MIRIM E.C., era o vice, desde que fosse galgado à presidência.
Outros fatos - mais detalhadamente - inclusive pagamento de dívidas junto a nós, tesoureiro à época, ao supermercado COAP,particulares, e alguns jogadores com pagamentos bem atrasados. Pois, já com quem tínhamos o pacto - ele cumpriu tudo em vida e, deixou para a posteridade - UM LEGADO AO MUNDO DO FUTEBOL QUE NADA IRÁ APAGAR. Mas, a verdadeira HISTÓRIA - a dos bastidores - só nos, o tesoureiro à época e o carojoso presidente ANTÕNIO GUERREIRO FILHO, mais o diretor de publicidade à época, Júnior Minervino, guardamos no arquivo mais vivo da história, A MEMÓRIA, o que foi avençado naquele tempo.
O nosso blog - onde a arte de rememorar - no universo deste mundo que é o maior tabuleiro das peças imagináveis, que provocam combinações infinitas - muito da HISTÓRIA REAL será registrada para as novas gerações. JÁ QUE A MÁXIMA DIZ QUE SOMOS UM POVO SEM MEMÓRIA, NOS VIEMOS PARA CONTRARIAR... (a verdade vai mostrar os méritos de uns... e deixar outros poucos... de orelha em pé!) Só por um motivo muito justo... que iremos parar a narrativa...
Até breve... A sua crítica, sua colaboração, seu envio de fatos novos, suas perguntas e novas curiosidades, através de seus comentários no rodapé das matérias postadas, serão sempre nosso caminho e nossa meta...

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