SÃO PAULO - A advogada Carla Cepollina foi absolvida nesta quarta-feira pelo assassinato do coronel reformado da Polícia Militar (PM) e ex-deputado estadual Ubiratan Guimarães, em setembro de 2006. Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, dentro do apartamento dele, nos Jardins, em São Paulo. A sentença foi lida no início desta noite, após decisão dos jurados - seis homens e uma mulher.
Os jurados acolheram a tese da defesa, que garantiu que Carla não estava no apartamento da vítima no dia do crime. A mãe dela, Liliana Prinzivalli, salientou que Ubiratan morreu no domingo, 10 de setembro, e não na noite do dia 9, entre 19h e 19h30m, como sustentou a acusação. Segundo o Ministério Público (MP), Carla matou o namorado por ciúmes, após um desentendimento do casal por conta de um caso amoroso de Ubiratan com a delegada da Polícia Federal (PF) Renata Madi.
- Ele (Ubiratan) foi julgado de novo. Assumiu todo o caso do Carandiru e hoje foi condenado de novo - diz o promotor promotor de Justiça João Carlos Calsavara, que acrescentou que irá recorrer da decisão.
O coronel Ubiratan Guimarães ficou conhecido pela atuação no massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992. Ele chegou a ser condenado a mais de 630 anos pelo massacre, mas acabou absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Carla foi indiciada em inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas o processo foi arquivado, em 2008, pelo juiz Alberto Anderson Filho, que entendeu que não havia provas suficientes para incriminála. Em junho de 2010, no entanto, a Câmara Criminal do TJ-SP decidiu que a advogada fosse submetida a júri popular.
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