quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

MUITO BOA (enviada para o nosso blog pelo mestre em odontologia Dalton Pinto Ferraz...)

Quando você encontrar alguém da sua época e achá-lo muito velho e
acabado, é bom correr pro espelho e fazer uma bela autocrítica. A idade
passa para todos.

Eu estava sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com um
novo dentista, quando observei que o seu diploma estava pendurado na parede.
Ao ler o Nome, de repente, eu me recordei de um Moreno alto, que tinha o
mesmo nome. Era da minha classe do colegial, uns 40 anos atrás, e eu me
perguntava se poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado na
época.

Quando entrei no consultório, imediatamente afastei esse pensamento do meu
espírito. Este homem grisalho, quase calvo, e o rosto marcado, profundamente
enrugado, era demasiadamente velho para ter sido o meu amor secreto... quê
que é isso!?


Depois que ele examinou minha boca, perguntei-lhe se ele tinha sido do
Colégio Estadual Central.

- Sim, respondeu-me.

- Quando se formou?

- 1966. Mas, porquê a pergunta?

- He... Bem... você era da minha classe.

Foi então que aquele velho horrível, anormal, cretino, tremendo filho de uma
puta, me perguntou:

-
Mas e a senhora, era professora de quê?


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