segunda-feira, 24 de junho de 2013

MÚSICA CAIPIRA - A ESPÉCIE - SERTANEJO, O GÊNERO: CLIQUE E ENTENDA MAIS...

Música Caipira: As 270 maiores modas de todos os tempos

CCB - Música Caipira
Olá pessoal! Trazemos a todos os nossos amigos do Cultura Caipira Blog a estreia de mais uma nova Categoria em nosso site: a Biblioteca Caipira! Pois aqui nóis é caipira e tem cultura ;) E para darmos início à esta seção, nada melhor que falarmos sobre uma obra prima de José Hamilton Ribeiro.
Ele é simplesmente o jornalista mais premiado do país, com sete (7!) Prêmios Esso, o mais importante prêmio destinado aos profissionais de imprensa. Com 78 anos, 15 livros escritos e repórter do Globo Rural há 29 anos, conhece como poucos o Brasil rural, tropeiro e caipira. É uma autoridade no assunto!
Já havia lido e ouvido sobre este livro, tanto é que nosso quinto artigo, “A música caipira é um tesouro cultural” fala sobre ele. A grande questão era encontrar a obra! Nas livrarias virtuais ele sempre está com a edição esgotada. Até que um dia meu amigo e parceiro de viola, em um de nossos encontros, chega com um exemplar do pai dele em mãos e diz: “Você conhece este livro? Tem que ler ele!” Peguei emprestado e realmente é um excelente guia para quem gosta e escreve sobre o assunto. Inclusive, algumas das músicas da nossa categoria Música Caipiraestão ali listadas, e ainda restam muitas outras para postarmos aqui. Algum tempo depois, minha esposa encontrou um bem baratinho em um sebo virtual de SP, e é este que está aí na foto tirada no fundo de nosso quintal – não é o livro do seu pai, viu parceiro :)
Pedi para uma colaboradora do blog, com ampla formação acadêmica na área de letras, fazer uma resenha do livro para publicar aqui para vocês. Ela solicitou se manter anônima, e vamos respeitar seu pedido. Espero que vocês gostem!
* * *
No livro Música Caipira, escrito por José Hamilton Ribeiro, profissional de imprensa mais premiado no Brasil, lançado pela Editora Globo, em 2006, o autor presta homenagem à autêntica música de raiz e aos artistas que a transformaram em patrimônio da identidade nacional.
Nessa obra, fruto de vasta pesquisa sobre a música e cultura caipira, José Hamilton estabeleceu critérios rígidos e claros, seriedade na escolha, depois de ouvir 2000 músicas, fez o inventário das “270 melhores modas de todos os tempos”, sendo 120 com as “dez mais” de cada subgênero (os melhores pagodes, as mais engraçadas, as mais apaixonadas, etc.) O livro traz também trechos de letras e comentários sobre autores, intérpretes ou curiosidades de cada composição, as origens, o apogeu e o futuro da música caipira.
A nossa música caipira tem sua origem no descobrimento do Brasil. Junto com a tripulação vieram músicos e trouxeram uma viola que na época era moda em Portugal, e então, os jesuítas usaram como forma de catequizar os índios. Ao português e o índio juntou-se o negro escravo para dar mais qualidade à mistura, com sua musicalidade e ritmo.
O primeiro disco da música caipira no Brasil é da dupla Caçula e Mariano (pai e tio do sanfoneiro Caçulinha) Jorginho do Sertão, gravado em 1929, a música é do Cornélio Pires, a partir desta data o mundo caipira não parou de crescer.
No mercado brasileiro, a música sertaneja ocupa o terceiro lugar em termos de venda de discos em função de bons vendedores de discos, como os “sertanejos modernos” Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, Daniel e outros.
Para Zuza Homem de Mello, estudioso de música, diz que sertanejo é o “gênero” e caipira a “espécie”. O gênero sertanejo está em todo o “sertão” brasileiro, e sertão tem no Brasil inteiro, seja do Nordeste, do Centro, do Sul, do Sudeste.  Essa música caipira de que trata o livro, é a música sertaneja dentro dessa área geográfica do país, Piracicaba, Sorocaba e Botucatu [cidades do estado de SP]. Assim, música caipira é a música do Sudeste.
Tonico e Tinoco foram durante quase 50 anos os maiores artistas caipira do rádio e do disco. Foram os pioneiros em quase tudo: primeira dupla caipira a cantar na TV, gravar LP, apresentar-se no Teatro Municipal de São Paulo e no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
Os patriarcas, fundadores da música caipira, representam o momento histórico mais significativo da música caipira. José Hamilton compara a uma equipe de futebol com a seguinte escalação: Raul Torres, o capitão; Teddy Vieira, o artilheiro; João Pacífico, o meio-campo; Tonico e Tinoco, os preferidos da torcida; Vieira e Vieirinha, os malabaristas; Carreirinho, o falso ponta; José Fortuna, o motorzinho; Cornélio Pires, o salva-pátria; quadrado mágico: Sulino, Palmeira, Serrinha e Angelino; Mario Zan, o técnico.

Um comentário:

Cultura Caipira Blog disse...

Boa noite a todos! Obrigado por replicar nossa postagem. Sejam bem vindos ao nosso site quando quiserem.

Grande abraço!

Douglas A.B.
www.culturacaipira.com