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Seu nome figura nas estatísticas dos maiores goleadores da história do São Paulo F.C, principalmente quando o assunto é o campeonato paulista. Roberto Caveanha, apelidado de Babá, nasceu em 07 de julho de 1944 na cidade de Mogi Guaçu (SP).
Começou a despontar para o futebol em equipes amadoras de Campinas e região até ser levado ao Guarani F.C em meados de 1962.
Mesmo desprovido de estatura e porte físico considerado ideal para a posição de centro-avante, Babá era um atacante rápido, técnico e sobretudo inteligente.
Crédito: futeboldebotaoantigo.blogspot.com.
Crédito: futeboldebotaoantigo.blogspot.com.
Chegou ao elenco de profissionais do Bugre no ano de 1964 e logo foi escrevendo seu nome na história do clube. Em 18 de novembro, o Guarani recebeu o Santos no Estádio Brinco de Ouro em partida válida pelo campeonato paulista.
Naquele dia, o Guarani aplicou uma sonora goleada de 5×1 nos temidos homens de branco da Vila Belmiro. Podemos afirmar que foi uma daquelas partidas atípicas e com apenas 7 minutos de jogo o Bugre já vencia pelo placar de 2×1.
Considerando que o gol do peixe foi anotado pelo zagueiro bugrino Ditinho, em lance infeliz contra sua própria meta.
O Santos passou a pressionar e fatalmente acabaria chegando ao empate, não fosse um rápido contra-ataque finalizado com maestria pelo novato Babá frente ao lendário Gylmar dos Santos Neves.
Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.
Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.
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Ao final da temporada, o São Paulo oficializou o interesse pelo futebol de Babá e dessa forma o ligeiro atacante campineiro chegou ao Morumbi para fazer história.
Passado o período de adaptação em um clube grande, Babá acabou disputando um lugar ao sol com atacantes do calibre de Del Vechio, Benê e ainda Zé Roberto.
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Depois de 1966, Babá conseguiu firmar-se e por muito pouco não conseguiu o título paulista na temporada de 1967, quando ainda anotou um tento na derrota que deu o título ao Santos.
Em 1968 seu bom futebol foi lembrado pelo técnico Aymoré Moreira na Seleção Brasileira. Babá entrou no lugar do ponteiro esquerdo Edu e anotou um tento no empate de 3×3 contra a Iugoslávia no Maracanã.
Carlos Alberto Torres, Flávio Minuano e Babá na Seleção Brasileira em 1968.  Crédito: site do Milton Neves.
Carlos Alberto Torres, Flávio Minuano e Babá na Seleção Brasileira em 1968. Crédito: site do Milton Neves.
Campeão paulista de 1970, Babá não ficou no Morumbi para conquistar o bi-campeonato. Desentendimentos com o técnico Zezé Moreira também abreviaram sua passagem pelo São Paulo.
O técnico Zezé Moreira: Babá, você tem 10 minutos para tirar o carro de lá, se não nem na concentração fica! Crédito: revista Placar.
O técnico Zezé Moreira: Babá, você tem 10 minutos para tirar o carro de lá, se não nem na concentração fica! Crédito: revista Placar.
Segundo matéria publicada pela revista Placar, de 23 de outubro de 1970, página 41, Babá estacionou seu carro em uma vaga proibida dentro do clube e o disciplinador Zezé Moreira teria abusado de sua autoridade ao se dirigir ao atacante, que por sua vez somente tirou o carro quando lhe deu na telha.
A partir desse acontecimento o ambiente foi ficando diferente e Babá acabou retornando para o Guarani.
Seus números com a camisa tricolor foram expressivos: 211 jogos (93 vitórias, 54 empates, 64 derrotas), 90 gols marcados Os números estão no “Almanaque do São Paulo”, de Alexandre da Costa.
Clóvis, Babá e Ditão, no Pacaembu, em 1968,  em mais um clássico entre São Paulo x Corinthians.  Crédito: site do Milton Neves.
Clóvis, Babá e Ditão, no Pacaembu, em 1968, em mais um clássico entre São Paulo x Corinthians. Crédito: site do Milton Neves.
Gol de Babá contra a Ponte Preta. Crédito: revista Placar – novembro de 1970.
Gol de Babá contra a Ponte Preta. Crédito: revista Placar – novembro de 1970.
Em 1975 Babá deixou a cidade de Campinas e defendeu o E.C São Bento de Sorocaba antes de ser transferido para o extinto Colorado do Paraná, finalizando sua carreira profissional no início da temporada de 1977.
Depois do futebol, Babá foi Secretário Municipal de Esportes da Prefeitura de Mogi Guaçu, tendo apoiado maciçamente o futebol varzeano. Em 2007, assumiu a função de assessor parlamentar de seu irmão Peri, ex-jogador de futebol e vereador em Mogi Guaçu.