quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CRÔNICA DO AMIGO MAURINHO ADORNO: EM CLIMA DE NATAL, UMA JUSTA HOMENAGEM... ÚTIL E EDUCATIVA, CLIQUE E APRECIE...

Sob o olhar de Maurinho Adorno - Gazeta 19.12.2013
Em clima de Natal, 
uma justa homenagem 

Na minha vida sempre procurei auxiliar as entidades assistenciais e de benemerência das cidades onde eu trabalhei, especialmente em Mogi Guaçu e Mogi Mirim. Contribuições financeiras a algumas e cessão de espaço nos jornais que dirigi, para publicação de balanços, atas ou promoções. Nos seis anos passados em São Paulo, não tive oportunidade de manter relacionamentos que me levassem ao auxílio ao próximo. Aliás, não tinha tempo, pois trabalhava de dia em empresas de vários segmentos, como em empresas cerâmica e de comércio de produtos hidráulicos e, à noite, na Folha de São Paulo.
No final da década de 60, participei efetivamente da fundação da Associação dos Amigos dos Excepcionais – Apae, de Mogi Mirim, a convite do meu amigo o médico e vereador Décio Mariotoni. Ele, juntamente com sua esposa Raquel, realizaram um lindo trabalho em prol dos mais necessitados. Não pude me furtar ao convite. Depois da Apae e dos anos passados na capital, os projetos profissionais não me permitiram participar de cargos diretivos e, assim, declinei de muitos convites, mas não deixei de dar meu modesto auxílio.
Os diretores das instituições normalmente são pessoas abnegadas que dedicam horas e dias de suas vidas para realizar o trabalho. Assumem um papel de responsabilidade dos poderes executivos - municipal, estadual e federal. É dever do Estado, como é público e notório, assistir aos menores carentes, de rua ou viciados, aos excepcionais e aos idosos. Mas, na verdade, destinam minguadas verbas, insuficientes para a assistência, obrigando as diretorias à realização de promoções, como jantares, bingos, rifas, etc., para captar os recursos.
O ideal, quando falamos em entidades assistenciais e de benemerência, é que elas fossem suportadas financeiramente, pelo poder público, como manda a Constituição, e que suas diretorias cuidassem do gerenciamento e da assistência afetiva aos assistidos ou residentes. Mas, como o Estado não faz sua parte, elas assumem esse papel de levantar recursos e contam, sempre, com o auxílio da população. Não sei em outras cidades, mas em Mogi Mirim e Mogi Guaçu a população é benemérita e faz sua parte.
No domingo passado, dia 14, estive numa reunião no Lar Emanuel, presidido pelo meu amigo Ederaldo Moreno, do qual faço parte. É uma das instituições mogimirianas de abrigo e cuidados para com idosos. Nesse dia, foi realizado um “amigo secreto” entre os funcionários e pude notar, com clareza, a união entre eles e o amor aos velhinhos assistidos pela casa. Sei que esse amor dos funcionários para com os residentes é real, pois como regra geral, essas pessoas ganham pouco, em virtude das dificuldades dessas instituições.
Durante essa reunião, à tarde, um grupo de jovens fantasiados, chega ao Lar e pede para falar com o Ederaldo. Eram do distrito de Martim Francisco, oferecendo gêneros alimentícios e refrigerantes aos residentes. E em grande quantidade. Mais que isso, eles conversaram com nossos velhinhos, e prometeram ajuda no futuro. Uma cena comovente. Naquela hora, eu me lembrei de uma amiga mogimiriana, a Márcia Helena, que anualmente pede dinheiro aos seus amigos, compra centenas de bolas e sai em sua caminhonete entregando às crianças pobres da periferia.
Na mensagem de Natal deste ano, a EPTV, mostrou esse momento santo do ano, em que as pessoas voltam suas atenções aos que necessitam de algum tipo de auxílio. E conclamou os telespectadores para que continuem, em gestos e ações, a praticar a solidariedade humana durante todo o próximo ano. E é nesse mesmo momento em que presto uma homenagem sincera em meu nome - e tenho certeza que também em nome dos que me dão o prazer da leitura - os que se dedicam o ano todo a dar parte de suas vidas ao próximo, seja participando das entidades, colaborando com elas, ou contribuindo anonimamente.
De outro lado, se me permitem, as pessoas carentes não dependem apenas e tão somente de roupas, alimentos e assistência dos profissionais da medicina. Muitas delas estão abandonadas pelas famílias e precisam de carinho e amor. Por isso, presto aqui também o reconhecimento às pessoas que deixam seus lares para dar alegria e motivação aos necessitados. Os velhinhos de nossos asilos têm carência de amor e atenção. Um excelente Natal aos meus amigos, lembrando que essa festança toda é em virtude de um aniversariante.

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