sábado, 5 de maio de 2012

MAURINHO - DEIXOU MAIS ADORNADO AINDA! AGORA, NOSSO CANTINHO, MESMO! LEIA A BEM FUNDAMENTADA EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS... (nosso cantinho - no moderno JORNAL "O IMPACTO" - da cidade de Mogi Mirim - que não pára de crescer, igual as qualidades jornalísticas...)

                         
  • Nosso Cantinho O IMPACTO – 05.05.2012
    O meu, o seu, e agora o “Nosso Cantinho”
    Maurinho Adorno
    Ao relançar “O Impacto”, em maio do ano passado, o jornalista Paulo Henrique Tenório, o Piro, seu diretor, convidou-me para escrever uma coluna, como integrante de sua equipe de colaboradores, uma deferência que hoje, publicamente, agradeço. Ao aquiescer ao convite, ponderei que não gostaria de escrever sobre política ou economia, temas desgastantes, aos quais me dediquei nos últimos anos: minha preferência era fazer textos leves, crônicas ou contos, relembrando em ficção ou realidade fatos ocorridos em minha vida e na minha cidade. Proposta aceita pelo diretor do jornal era necessário dar nome à coluna, uma denominação simples, para que fosse bem assimilada pelos leitores.
    Após duas reuniões com a direção e equipe de redação do jornal, sem um consenso, embora com inúmeras sugestões, Piro resolveu contratar duas empresas especializadas em pesquisas, Ibope e Datafolha, para que o nome surgisse da consulta “às bases”, como dizem os políticos. Os pesquisadores ouviram respectivamente 3.078 e 3.132 pessoas, distribuídas de acordo com os dados de aferição do IBGE, contemplando sexo, faixa etária, nível cultural e econômico, e quesitos, realmente um extrato da comunidade mogimiriana. E eis que chegaram, também respectivamente, com 72,93% e 70,32%, ao nome de “Meu Cantinho”, seguido do título conveniente ao tema de cada edição.
    Em uma reunião para análise do resultado, Piro ponderou que a denominação era adequada, pois marcaria um cantinho do jornal - espaço físico - em que eu escreveria minhas linhas, à esquerda da página 4. De minha parte, observei que o “Meu Cantinho” é um lugar aconchegante, normalmente onde se vive. Lembrei que minha mãe dizia, sempre que o assunto era abordado, que não pretendia morar com seus filhos, e sim viver no “Meu Cantinho”. Essa denominação afetiva do lar já deve ter sido citada em seu seio familiar, caro leitor. Piro deu o veredito final: “será “Meu Cantinho”. Assim, a coluna nasceu em maio do ano passado, e espero que esteja sendo de agrado dos leitores, pois são eles que determinam suas preferências, e nós as reportamos.
    Na vida sempre há ângulos diferentes sobre determinados assuntos, um olhar crítico, outra visão, e assim Ibope e Datafolha, às vezes são contestados. Até mesmo nós que confirmamos o nome “Meu Cantinho”. O protesto inicial, ou sugestão, veio no último dia 21 de abril, por intermédio de correspondência do iraniano, hoje grande mogimiriano, Hamid Malek Zadeh. Ele escreveu: “O "Meu Cantinho" ou "Seu Cantinho" poderia ser "Nosso Cantinho", um lugar onde se viaja pelo tempo, onde volto à minha infância de quando nos mudamos para Mogi Mirim”. Minha fisioterapeuta, Ana Célia Gonçalves Caetano, endossou: “Isso mesmo Maurinho, mude o nome para "Nosso Cantinho".
    Com uma sutileza de fazer inveja, própria de sua personalidade, a funcionária da Câmara Municipal, Eladir Sobottka, mencionando sobre o tema da coluna do dia, “A vida e a liberdade da cadela Mona Lisa”, disse que “... lendo "NOSSO CANTINHO" me emocionei”. E colocou o nome sugerido em maiúsculas. Já minha leitora, Cláudia Cornachioni, às voltas com sua vida acadêmica, tascou: “Totalmente sem tempo, mas para ler o Nosso Cantinho (agora adotei como meu, viu Mauro Adorno Filho?) sempre dou um jeitinho... Mais uma leitura que alegra meu dia... Já estou esperando a próxima...”. Percebi que a situação era grave e precisava ser debatida urgentemente com o Conselho Editorial do jornal. 
    A primeira análise é que o “Cantinho” passou a fazer parte da vida dos leitores do jornal - ou pelo menos de alguns deles -, por abordar assuntos do cotidiano, com vivência própria ou não. Hamid, Ana Célia, Eladir e Cláudia nos convenceram: a coluna não é minha, mas de todos nós, especialmente dos leitores do jornal. Assim, tal qual Tiradentes, no dia 21 de abril eles começaram a quebrar meu julgo e o do Conselho Editorial do jornal. Milhares de dólares gastos com o Ibope e Datafolha foram para o espaço. Paulo Henrique Tenório, ao estilo de Dom Pedro I decretou: “Se é para o bem todos e a felicidade geral dos assinantes, Eu Troco”. Assim, a partir de hoje, passo a escrever, como sugeriu o Hamid e minhas amigas Ana Célia, Eladir e Cláudia, o meu, o seu, ou melhor, somando tudo e tirando os “noves fora”, o “Nosso Cantinho”.
    Mauro de Campos Adorno Filho é jornalista,
    e ex-diretor dos jornais O Impacto e Gazeta Guaçuana.

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